13 de dezembro de 2006

Contraponto

Ateliê

“A discussão de Sergio Fingermann versou hoje sobre “O olhar do outro”- que se faz e se constrói, sendo sempre na ilusão que este olhar se fixa , e opera encantamentos, na emergência de uma temporalidade aprisionada.
O humano é o instante que se faz nesse “ver”, sempre um ver de outra forma.

Todo artista opera com o esquecimento, dando a espessura de alma, de memória recuperada neste gesto, neste olhar distraído que possibilita o instante que se faz ver. Tecendo o tempo na sua temporalidade desarmada. Um olhar armado não vê.

‘Todo artista deve fazer a escolha própria, como no caso do uso da cor, fazer a sua própria cor, na volta do uso da paleta, criar sua própria variação, descobrir-se nessa possibilidade de misturas e tons.”

“Utilizar o afastamento, deixar a pintura falar, ver aquilo que foi intencional ou não, se esta cooperando com o espírito. Acordar com o espírito, não ser apenas um mero fazedor, mas diretor.”

Como sugestões de leituras, Sergio indicou “O Gattopardo”, romance de Tomasi di Lampedusa, encontrado na editora Record, tema que foi filmado por Luchino Visconti (tambem em DVD).





Outras sugestões:

Proust, e Dino Buzzati no romance “ O deserto dos Tártaros”;
ambos reverberam sobre o tempo, leitura obrigatória para as férias.

Outro ponto da discussão foi o Artigo de Arnaldo Jabor (12/12/06):
JGS

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