Sobre nossa reunião de ontem 23/05/07, estou enviando algumas anotações realizadas por Suely, e complementadas por mim. Espero que ajudem na elaboração do texto:
Começamos refletindo sobre: “ O trabalho como acontecimento”.
Delicadeza, espanto ou estupefação?
Falando sobre o brilho da luz incidindo sobre o objeto ( no caso a escova desenhada pelo Márcio ) esse brilho tinha um peso que a escova não podia suportar. A luz nesse caso seria o elemento de triangulação.
É a circunstância que se faz ver no particular. É aí que o humano se faz.
A imagem é uma armadilha à Arte.
Pergunta: ( Jana ) a ilustração não tem espessura?
Res. o acontecimento é o atrito que você faz na superfície. É saber em que planos a imagem se faz.
Deixar um enunciado poético na relação do enunciado como provocador deste sonhar ( écran ) é a urdidura, é o tecido do sonho. Está no “entre”, isso é que se chama poesia.
A circunstância tem que ser criada.
A contaminação de cor, luz, faz o artista olhar o que é circunstância e o que é essencial.
É o exercício do olhar. Isso se chama espessura ( a espessura é o sensível ) Na música também existe essa singularidade em mostrar a sutileza.
A grande crise na Arte é uma crise de espiritualidade nesse nível.
O desenho também é o espaço.
A escrita que o artista escreve é testemunha do que está fundamentada na experiência de um artista na sua singularidade. O ser do ente- o que é essência – no limiar do pensamento, com aquilo que se coloca no mundo.
A finalização é importante para se fazer obra.
A imagem traz o instante da surpresa e a questão do esquecimento.
Tudo é abstração. Descobrir o significado do objeto para o espírito e não para o funcional.
O artista tem que deslocar esse olhar e a Arte se faz, quando aquilo se faz como acontecimento. Aquilo que se mostra, se revela no esquecimento. O tempo todo você tem que produzir no outro um encantamento.
É um urdir entre o pensar e o sentir, como trama onde o resultado é o Écran ( o que se teceu do sonho)
Humanizar o que se vê – esse é o gesto artístico – sentir na operação deste fazer, e não ficar no simbólico, mas no ato deste fazer.
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6 comentários:
Olá , Jú, o humanizar o que se vê, pode ser artístico ou não, na fotografia documental, a operação do fazer está numa dimensão diferente do artístico.
O ato desse fazer, procura posicionamentos na mente das pessoas diferente do deleite artístico. Penso assim por enquanto.
Tudo muito metasfísico! (;>0 Bjs
Fernado, agradecemos o seu comentário, que por sinal complementa o pensamento do grupo. A humanização vêm da vida e da arte, e mesmo uma fotografia documental pode trazer algo para se pensar. Voce não acha? Algo que nos toca numa dimensão universal pode ser arte.
bjs,
Jugioli
Eduardo
opiniôes são sempre bem-vindas!!!
Ju,
faltou salientar que os pensamentos são uma "Ata", das aulas do Sergio.
bjs,
Marcos
É Ju, uma foto documental pode trazer reflexões de toda ordem,
mas não tem a unanimidade para se tornar artística. Uma foto de um ato cirúrgico é só ilustrativa da ação médica no compêndio.
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