25 de maio de 2007

Anotações



Sobre nossa reunião de ontem 23/05/07, estou enviando algumas anotações realizadas por Suely, e complementadas por mim. Espero que ajudem na elaboração do texto:

Começamos refletindo sobre: “ O trabalho como acontecimento”.
Delicadeza, espanto ou estupefação?


Falando sobre o brilho da luz incidindo sobre o objeto ( no caso a escova desenhada pelo Márcio ) esse brilho tinha um peso que a escova não podia suportar. A luz nesse caso seria o elemento de triangulação.

É a circunstância que se faz ver no particular. É aí que o humano se faz.

A imagem é uma armadilha à Arte.


No sentido metafísico: trabalhar à distância, como observador. Questionar: que instrumentos Cézanne nos deixou ?
Pergunta: ( Jana ) a ilustração não tem espessura?
Res. o acontecimento é o atrito que você faz na superfície. É saber em que planos a imagem se faz.


Deixar um enunciado poético na relação do enunciado como provocador deste sonhar ( écran ) é a urdidura, é o tecido do sonho. Está no “entre”, isso é que se chama poesia.


A circunstância tem que ser criada.
A contaminação de cor, luz, faz o artista olhar o que é circunstância e o que é essencial.


É o exercício do olhar. Isso se chama espessura ( a espessura é o sensível ) Na música também existe essa singularidade em mostrar a sutileza.
A grande crise na Arte é uma crise de espiritualidade nesse nível.
O desenho também é o espaço.

A escrita que o artista escreve é testemunha do que está fundamentada na experiência de um artista na sua singularidade. O ser do ente- o que é essência – no limiar do pensamento, com aquilo que se coloca no mundo.

A finalização é importante para se fazer obra.
A imagem traz o instante da surpresa e a questão do esquecimento.

Tudo é abstração
. Descobrir o significado do objeto para o espírito e não para o funcional.
O artista tem que deslocar esse olhar e a Arte se faz, quando aquilo se faz como acontecimento. Aquilo que se mostra, se revela no esquecimento. O tempo todo você tem que produzir no outro um encantamento.
É um urdir entre o pensar e o sentir, como trama onde o resultado é o Écran ( o que se teceu do sonho)

Humanizar o que se vê – esse é o gesto artístico – sentir na operação deste fazer, e não ficar no simbólico, mas no ato deste fazer.

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6 comentários:

... disse...

Olá , Jú, o humanizar o que se vê, pode ser artístico ou não, na fotografia documental, a operação do fazer está numa dimensão diferente do artístico.
O ato desse fazer, procura posicionamentos na mente das pessoas diferente do deleite artístico. Penso assim por enquanto.

Anônimo disse...

Tudo muito metasfísico! (;>0 Bjs

jugioli disse...

Fernado, agradecemos o seu comentário, que por sinal complementa o pensamento do grupo. A humanização vêm da vida e da arte, e mesmo uma fotografia documental pode trazer algo para se pensar. Voce não acha? Algo que nos toca numa dimensão universal pode ser arte.

bjs,

Jugioli

Unknown disse...

Eduardo

opiniôes são sempre bem-vindas!!!

Anônimo disse...

Ju,
faltou salientar que os pensamentos são uma "Ata", das aulas do Sergio.

bjs,

Marcos

... disse...

É Ju, uma foto documental pode trazer reflexões de toda ordem,
mas não tem a unanimidade para se tornar artística. Uma foto de um ato cirúrgico é só ilustrativa da ação médica no compêndio.