30 de maio de 2007
28 de maio de 2007
Arte e Responsabilidade
Um rapaz do círculo de leitura quis compartilhar esse texto, e acho que ele tinha razão; lá vai:
"Chama-se mecânico ao todo se alguns de seus elementos estão unificados apenas no espaço e no tempo por uma relação externa e não os penetra aunidade interna do sentido.
Os três campos da cultura - a ciência, a arte e a vida - só adquirem unidade no indivíduo que os incorpora à sua própria unidade. Mas essa relação pode tornar-se mecânica, externa. Lamentavelmente, é o que acontece com maior freqüência.
Quando o homem está na arte não está na vida e vice-versa. Entre eles, não há unidade e interpenetração do interno na unidade do indivíduo.
O que garante o nexo interno entre os elementos do indivíduo? Só a unidadeda responsabilidade. Pelo que vivenciei e compreendi na arte, devo responder com minha vida para que o todo vivenciado e compreendido nela não permaneçam inativos. No entanto, a culpa também está vinculada à responsabilidade. A vida e a arte não devem só arcar com a responsabilidade mútua mas também coma culpa mútua.
E nada de citar a "inspiração" para justificar a irresponsabilidade. A inspiração que ignora a vida e é ela mesma ignorada pela vida não é inspiração mas obsessão.
Arte e vida não são a mesma coisa, mas devem tornar-se algo singular em mim, na unidade da minha responsabilidade.
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(Mikhail Bakhtin, Estética da Criação Verbal, ed. Martins Fontes, 2006.Trad.
25 de maio de 2007
Anotações
Sobre nossa reunião de ontem 23/05/07, estou enviando algumas anotações realizadas por Suely, e complementadas por mim. Espero que ajudem na elaboração do texto:
Começamos refletindo sobre: “ O trabalho como acontecimento”.
Delicadeza, espanto ou estupefação?
Falando sobre o brilho da luz incidindo sobre o objeto ( no caso a escova desenhada pelo Márcio ) esse brilho tinha um peso que a escova não podia suportar. A luz nesse caso seria o elemento de triangulação.
É a circunstância que se faz ver no particular. É aí que o humano se faz.
A imagem é uma armadilha à Arte.
Pergunta: ( Jana ) a ilustração não tem espessura?
Res. o acontecimento é o atrito que você faz na superfície. É saber em que planos a imagem se faz.
Deixar um enunciado poético na relação do enunciado como provocador deste sonhar ( écran ) é a urdidura, é o tecido do sonho. Está no “entre”, isso é que se chama poesia.
A circunstância tem que ser criada.
A contaminação de cor, luz, faz o artista olhar o que é circunstância e o que é essencial.
É o exercício do olhar. Isso se chama espessura ( a espessura é o sensível ) Na música também existe essa singularidade em mostrar a sutileza.
A grande crise na Arte é uma crise de espiritualidade nesse nível.
O desenho também é o espaço.
A escrita que o artista escreve é testemunha do que está fundamentada na experiência de um artista na sua singularidade. O ser do ente- o que é essência – no limiar do pensamento, com aquilo que se coloca no mundo.
A finalização é importante para se fazer obra.
A imagem traz o instante da surpresa e a questão do esquecimento.
Tudo é abstração. Descobrir o significado do objeto para o espírito e não para o funcional.
O artista tem que deslocar esse olhar e a Arte se faz, quando aquilo se faz como acontecimento. Aquilo que se mostra, se revela no esquecimento. O tempo todo você tem que produzir no outro um encantamento.
É um urdir entre o pensar e o sentir, como trama onde o resultado é o Écran ( o que se teceu do sonho)
Humanizar o que se vê – esse é o gesto artístico – sentir na operação deste fazer, e não ficar no simbólico, mas no ato deste fazer.
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24 de maio de 2007
A beleza
"A definição do belo é fácil: é aquilo que desespera"
Paul Valéry
A pintura Macieira I, de Gustav Klimt, é uma das cinco obras do pintor austríaco que foram confiscadas pelos nazistas e devolvidas aos herdeiros de Ferninand e Adele Bloch-Bauer este ano.
23 de maio de 2007
Vieira da Silva
Programação do Museu de Arte Moderna de São Paulo
Vieira da Silva (1908-1992), nascida em Portugal e naturalizada na França, viveu no Rio de Janeiro entre 1940 e 1947, época dominada pela guerra na Europa. São mais de 100 obras, incluindo os painéis de azulejos. Foi representante da Nova Escola de Paris.
21 de maio de 2007
Novos Territórios
O Ata-Contraponto com novos territórios:
Q.E.L.A (Quintal de estudos de Land-Art)
no link & Artérias : O contrário é a mesma coisa
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20 de maio de 2007
Novos territórios....
Site de Vera Giorgi no ata-Contraponto:
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16 de maio de 2007
Convite Pinacoteca
confira os trabalhos da artista Edith Derdyk no link
ou acesse com o mousse para ampliar visualização.
14 de maio de 2007
Monumenta 2007
12 de maio de 2007
Olhares....
.Foto: Vera Giorgi
.Novos territórios no Ata-Contraponto :
.Confira: Nas costas da baleia e
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Dimensions of Constructive Art in Brazil
Eis aqui, de fato.... o Grande dado!
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Acesso no link Contraponto Anexos
para conferir a exposição no Museum of fine Arts, Houston
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11 de maio de 2007
Olhares....
Fotos no contraponto clicks
Confira as belezas e sensibilidades
enviadas por Vera Giorgi
acesse no:
10 de maio de 2007
Ata anotações
Refletir sobre a expessura dos trabalhos.
Procedimento que se faz imagem - se relacionar com a expressão enquanto acontecimento visual - com autonomia- verdade no gesto- não cabe hesitar, mas manter a elegância no acontecimento, na sua tensão.
Ficar atento a Temporalidade que se faz na imagem.
Operar no acontecimento visual, enquanto diálogo.
O gráfico e o conteúdo - o tecer na trama destas possibilidades.
Exposição: - suporte. Ação da mesma natureza - superfície X ação - é repetição ou criação - tomar cuidado quando a experiência fica rasa, o que é diferente de manter dialógos dentro do processo criativo - onde há busca e exploração, o que leva a investigar o processo. A repetição não gera a reflexão e o ir além. No trabalho é necessário ir além do conhecido, alcançaçr uma outra nota musical- o instante que se faz na ação para gerar conteúdo.
Não abrir mão da singularidade no trabalho. O rigor em dialogar com o processo criativo - não é a solução de cada trabalho - mas o que envolve no acontecimento visual.
Fazer articulações entre os trabalhos, no estado de vigilância total.
A permanência nas formas - recorrência nas indagações - fixando variáveis e eliminando outras.
Estabelecer diálogos - no processo de imagens - e isto não depende do material - se é pólvora, sangue ou esperma- não interessa, o importante é a marca pessoal, naquilo que se revela no fazer ver.
Relação triangular com o mundo, saindo do narcisismo, da patologia. Sintonizar o seu desejo com o mundo. Tudo é troca e relação. No trabalho e na vida.
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para ampliar a discussão envie
para e-mail: ata.contraponto@gmail.com
ou deixe seu comentário no lugar indicado.
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3 de maio de 2007
Andrew Wyeth
Teatro no Contraponto
"MERGULHO"
Próxima Apresentação: SÁBADO, 5 DE MAIO ÀS 15h00LOCAL: CONTRAPONTO - RUA MEDEIROS DE ALBUQUERQUE, 55
(PRÓXIMO À RUA IGNÁCIO PEREIRA ROCHA E AO SACOLÃO DA VILA MADALENA)
Ingressos: R$10,00 e R$ 5,00
A partir de 12 anos de idade
ESPERAMOS VOCÊS!
ContrapontoRua Medeiros de Albuquerque, 55 - Vila Madalena - São Paulo/SP - CEP: 05436-060Telfax: (11) 3814 3769 - E-mail: contato@contraponto55.ato.br
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