“Ingres fica seduzido pela beleza de uma linha, pressente o partido que vai poder tirar dela, cultiva-a, tece-a, como o violinista modula um som numa corda, e sabemos desse talento em manejar o arco.
A linha absorveu o quadro, o tema, perde-se no claro-escuro que este contorno veio seccionar com nitidez.
Desenvolve uma curva perfeita.
Esmera-se em variações, anela-se, ondula com o toucador de cabelos como ondas que se esvai e se encontram, na disposição, um eco, uma rima.
Assim ele pinta uma mulher.
A investigação plástica dominou a investigação do real.”
Citação: René Huyghe, em o Poder da Imagem
Desenho: Ingres, escola francesa (1780-1867)
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