
Paulo Manadarino
Anexando territórios. Recortes temáticos para a Arte, empenhados em incorporar experiências, no movimento de expansão do olhar.
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"As criações da arte são sempre resultado do ter-estado-em-perigo, do ter-ido-até-o-fim numa experiência, até um ponto que ninguém consegue transpor. Quanto mais se vai, tanto mais uma vivência se torna própria, pessoal, singular - e o objeto de arte é, afinal, a expressão necessária, irreprimível e o mais definitiva possível dessa singularidade... Nisto está o auxílio colossal do objeto de arte para a vida de quem precisa fazê-lo - ele é sua síntese: a conta do rosário, em que sua vida diz uma oração, a prova sempre recorrente (dada para ele mesmo) de sua unidade e veracidade, a qual só se volta realmente para ele e cujos efeitos externos parecem anônimos, sem um nome dado, como necessidade apenas, como realidade, como existência."
Rainer Maria Rilke,Cartas do poeta sobre a vida, pág. 191, editora Martins, Martins Fontes
Giacomo Balla in collezione Ingrao.it
e-mail enviado por Paulo Mandarino
Novos territórios anexados no Ata
vejam os trabalhos de Sueli Cauduro acessando aqui
o seu site vai estar nos links do ata .
"... dos detritos e destroços de um mundo destruído depois da primeira guerra mundial, ele desejou construir uma nova ordem. Fato que o desingue claramente os dadaístas, ao se alinhar para denunciar a cultura imperial, para protestar contra o absurdo da guerra e negar toda a ordem burguesa.
Confira os trabalhos do Artista Plástico Amador Perez
formado em projeto gráfico pela Escola de Belas Artes de
UFRJ (1976), trabalhou como professor em diversas
instituições Culturais e universidades.
Atualmente leciona desenho Industrial na UERJ,
e no departamento de Artes e Desing da Puc.
Confira o seus trabalhos
acessando: http://www.amadorperez.com/
Esta com sua exposição na Valu Oria expondo com nossa Amiga Vera Giorgi
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(ACESSE NA IMAGEM PARA MELHOR VISUALIZAÇÃO)
Sergio Fingermann no MNBA
Em sua primeira exposição individual no MNBA, Sergio Fingermann abre amostra Elogio ao Silêncio no dia 25 de setembro, exibindo uma série de 30pinturas recentes, realizadas entre 2005 e 2007. O conjunto de trabalhos,óleos sobre tela de grandes formatos, é completado por 3 álbuns deáguas-fortes (Elogio ao Silêncio, O Teatro do Mundo e A Fábula e a Verdade),tendo como tema central alegorias da música.
Esses trabalhos nasceram a partir de uma proposição feita ao artista parapintar as nove sinfonias de Beethoven e acabaram dando origem a um conjuntomaior de obras, no qual o artista explorou o silêncio como qualidade própriada Pintura (da Vinci dizia que a pintura é “poesia muda”), experiência quedeve ser fruída na contemplação, na solidão, nas pausas.
O silêncio dos trabalhos de Fingermann provoca a dança (das imagens), e aleitura cruzada deles constrói novas associações poéticas. O assunto ésimples pretexto para articular sensações e apresentá-las, no sentido deevidenciar questões metafísicas da experiência da pintura. As imagenscontidas nos quadros convocam sensações de ausência, espanto, estranhamento,desacomodamento do olhar, mistério, transcendência.
Por vezes, essas figurações remetem ao mundo clássico, ideal. Na atmosferadessas pinturas, nesse mundo, onde os deuses já foram embora, reina anostalgia e o homem tem que reinventar (redizer) a vida.
A exposição será acompanhada do lançamento de um livro intitulado Elogio AoSilêncio e Alguns Escritos Sobre Pintura (Editora BEI, 64 páginas) comtextos do artista e apresentação de Manuel da Costa Pinto e Fernando Paixão.Depois do MNBA, a exposição seguirá para a Pinacoteca do Estado de SãoPaulo nos meses de novembro e dezembro.
O gosto pelas artes foi intensificado em Sergio Fingermann a partir dosseus 14 anos, quando inicia estudos de desenho, sob a orientação deErnestina Karman e depois Yolanda Mohalyi. Em 1979 forma-se arquiteto, massempre se dedicou às artes plásticas, em ritmo incessante, tendo atuadoaté como curador.
Do seu longo currículo constam mostras no exterior: integrou coletivas noMéxico, participou da Bienal de Artes Gráficas em Bradford(Inglaterra,1982); da Bienal Internacional de Gravura, Cracóvia, Polônia(1984); dacoletiva Gravura Brasileira, Grand Palais, França(1987); da coletiva ArteContemporânea Brasil-Japão, Museu Central de Tóquio(1990); foi artistaconvidado da Bienal de Cuba(1991); da Bienal do Mercosul(2001) e dacoletiva Casa de Cultura Judaica(SP, 2004), entre outras.
No capítulo das exposições individuais, dentre outras, destacam-se mostrasno MASP(1987); no MAM/RJ(1992); nas diversas filiais do Instituto MoreiraSalles, a partir de1996(Poços de Caldas/MG, Belo Horizonte/MG, PortoAlegre/RS, São Paulo/SP e Rio de Janeiro, este ultimo em 2001); naPinacoteca de São Paulo expôs em 2001.
Multipremiado, em 1980 Sergio Fingermann ganhou bolsa de viagem ao exteriorno Salão Nacional de Artes Plásticas e 7 anos depois recebeu o prêmio demelhor gravador pela Associação Paulista dos Críticos de Arte.
Sua obra mereceu 3 livros: em 1995, foi lançado Pinturas de SergioFingermann, BM&F, São Paulo, SP; em 2001, Fragmentos de um dia Extenso, BEI,São Paulo, SP; e ainda Elogio ao Silêncio e Alguns Escritos sobre Pintura,BEI, São Paulo, SP(em 2007). Além disso 5 albuns destacaram suas criações,como O Teatro do Mundo (Texto e Gravuras de Sergio Fingermann), São Paulo,SP, em 2005.
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Exposição Elogio ao Silencio, de Sergio Fingermann
Abertura: dia 25 de setembro
Período: de 26 de setembro até 04 de novembro
Visitação: de 3ª a 6ª feira, das 10h até 18h;
Entrada franca
· Assessoria de imprensa do MNBA: Nelson 2240-0068 r. 18
- http://www.sergiofingermann.com.br/
Anotações....
Nenhum artista consegue produzir arte sem uma poética, declarada ou implícita num fazer. Esta poética que é todo um processo interno, sempre metabolizado inicialmente em sensações primordiais, ou intuições, incluindo a religiosidade com os fatos da vida, num ponto de contato consigo mesmo e o mundo, que vão se transformar em ação.
Se a estética é uma filosofia, e incluímos nesta filosofia a reflexão, sobre as experiências cotidiana, que as vezes de relance nos comovem e elevam, podemos dizer que essa memória tão antiga das coisas contêm coisas novas, porque além de expectador, transformamos o que ouvimos ou sentimos, no que fica desta experiência.
Ser um mero expectador diverge daquele onde o ver, o ouvir e o fazer transformam mínimas coisas em grandes vivências.
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Vick Muniz
Estive na exposição, e assitir o video sobre a realização do "Pictures of eartworks", é uma das tarefas para se entender estes trabalhos.
A outra série: "Pictures of junk" nos possibilita refletir sobre o estado das coisas. São séries feitas com engrenagens, silhuetas de rebarbas metálicas e traços delicados de imagens mitológicas desenhadas com o lixo.
A exposição termina em Outubro.
Não percam.
Esculturas, litografias, desenhos e pontas-sêcas.
Picasso definiu Dalí como um "motor furioso sempre em movimento".
Com a sua provocante excentricidade, o pintor, o desenhador, o escritor, o realizador
de controvérsias foi capaz de realizar obras com a simplicidade da gravura e do esboço, trabalhos muito bem escolhidos nesta exposição.
Surpresas com as aquarelas, e nas sombras das tintas litográficas, com a força das suas visões religiosas, e transformando os objetos mais comuns em poesia.
O mundo da obra gráfica de Dalí nos dá a dimensão do desenho, a sua flexibilidade e coerência.
"O artista recorta fragmentos, delimita, transforma, subverte,
experimenta a maleabilidade das coisas,
a estabilidade do preestabelecido.
O artista é um experimentador, porque lê a forma do objeto
antes de ler a sua função.
Lê os significados sem deixar de ler as possibilidades.
O artista é um artista porque lê."
anotações das discussões teóricas.